Com o início das aulas em Brusque, uma velha inimiga das escolas pode estar à espreita, a Síndrome Mão-Pé-Boca (HFMD, na sigla em inglês). Para evitar a proliferação desta síndrome a Secretaria de Educação de Brusque em parceria com a Enfermeira da Vigilância Epidemiológica – Natália Cabral Marchi desenvolveu um informativo específico para as unidades escolares de Brusque.
Na síndrome Mão-Pé-Boca os sintomas geralmente, aparecem depois de 3 a 7 dias após a infecção com um vírus do grupo coxsackie. Primeiro começa a febre, depois, manchas vermelhas e bolhas começam a aparecer, normalmente nos pés, mãos e ao redor dos lábios da criança. Às vezes, também surgem aftas dentro da boca, que causam dor ao comer e beber.
Principais sintomas incluem:
• Febre acima dos 38ºC;
• Dor de garganta;
• Dificuldade para engolir;
• Muita salivação;
• Vômito;
• Mal-estar;
• Diarreia;
• Falta de apetite;
• Dor de cabeça;
• Aparecimento de manchas ou bolhas vermelhas nas mãos e nos
pés e de aftas na boca 2 a 3 dias após o surgimento da febre.
Por causa de alguns sintomas, essa síndrome pode ser confundida com algumas doenças, como a herpangina, que é uma doença viral em que o bebê apresenta feridas na boca semelhante às feridas do herpes, e a escarlatina, em que a criança apresenta manchas vermelhas espalhadas pela pele. Por isso, o médico pode solicitar a realização de exames laboratoriais complementares para fechar o diagnóstico.
Como ocorre a transmissão?
A
transmissão da síndrome mão-pé-boca ocorre através da tosse,
espirros e saliva e do contato direto com bolhas que tenham estourado
ou fezes infectadas, principalmente durante os primeiros 7 dias da
doença, porém mesmo após a recuperação, o vírus ainda pode ser
transmitido através das fezes durante cerca de 4 semanas.
Além disso, o vírus pode ser transmitido através de objetos ou alimentos contaminados. Por isso, é importante lavar os alimentos antes do consumo, trocar a fralda do bebê com luva e depois lavar as mãos, e lavar bem as mãos após usar o banheiro. Crianças infectadas podem espalhar o vírus mesmo que não tenham sintomas, que continua presente nas fezes por semanas após o tratamento.
Medidas de Controle:
O
risco de transmissão para a Doença Mão-Pé-Boca pode ser reduzido
através das seguintes boas práticas de higiene:
- Lavagem FREQUENTE e CORRETA das mãos, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro;
- Limpeza de superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e então desinfetando com uma solução a base de alvejante com cloro/água sanitária (feita com uma colher de sopa do produto adicionada à 4 copos de água);
- Evitando contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com Doença Mão-Pé-Boca.
- Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche.
-
Não
há vacina disponível até o momento.
